Um vídeo obtido pelo G1 põe novamente ainda mais atenção sobre as investigações contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella e sua gestão. O vídeo foi filmado em 10 de março, por agentes da polícia civil durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.
O vídeo foi filmado durante a primeira fase da Operação Hades. O delegado comandava uma ação na casa de Rafael Alves, um empresário suspeito de participar de um esquema de corrupção, apontado como “QG da propina”.
Nas imagens, o telefone de Rafael Alves aparece em posse do delegado que o mostra para a filmagem. Na tela, o suposto número de Crivella, atendido pelo delegado. Há uma curta troca de palavras, quando a ligação é encerrada.
Na última quinta-feira, dia 10, a polícia realizou uma nova fase dessa operação e esteve em endereços ligados ao prefeito do Rio, inclusive a prefeitura e o Palácio da Cidade, além da própria casa de Crivella.
No relatório, o delegado afirma que Crivella demostrou interesse em saber se o empresário estava ciente de alguma operação de busca e apreensão na Riotur, quando foi respondido pelo delegado, que informou sobre a operação.
A Riotur é a empresa pública do município para o turismo na cidade. O mandado estava sendo cumprido na sede da empresa, a Cidade das Artes.
No relatório, o delegado também aponta que a ligação, levando em conta o horário e também a forma de tratamento, apontam “relação de proximidade e confiança” entre Crivella e o empresário.