Moradores da região fronteiriça entre Turquia e Siria vem enfrenando um período de grande dificuldade e crise. A região foi afetada por dois tremores de terra, em menos de um mês. O primeiro, há duas semanas, deixou cerca de 47 mil pessoas mortas.
Como se não fosse suficiente, ambos os países continuam sendo palco de confrontos armados. Turquia e Síria compõem um território que há muitos anos é palco de disputas geopolíticas que, frequentemente, resultam em conflitos armados.
Além disso, a população dessa região sofre com mais um problema delicado. Segundo reportagens da imprensa internacional, moradores dessa região sofrem com o surto de doenças causadas pela destruição.
A destruição causou danos a infraestrutura, que comprometeram as condições sanitárias da região. Moradores afetados relatam que a falta de higiene já causa problemas graves a saúde de quem tem que ficar no local.
Segundo médicos que atuam no local, houve um aumento de infecções, especialmente de natureza bacteriana e fúngica. O motivo principal é que nenhum dos desabrigados pode tomar banho propriamente.
Uma mulher relata que a família vem se “lavando” com lenços umedecidos. Cresce na região a insatisfação com o poder público que, na avaliação dos sobreviventes, não tem tido uma resposta apropriada a tragédia.
O médico da Associação Médica Turca relata, por exemplo, que pacientes oncológicos tiveram o tratamento simplesmente interrompido porque não chegam remédios no local. Além dos problemas com fungos, bactérias e falta de remédios, a população também sofre com o frio rigoroso sem instalações térmicas.