Sherry começou a ser abusada quando tinha apenas 9 anos de idade, um diácono da igreja local era amigo da família e todos confiavam nele, por isso teve facilidade para ficar a sós com a menina.
Nesta época, o diácono estava com 18 anos e começou a violentar a criança quando a mãe dela e também a irmã iam para a igreja. O rapaz conhecia bem a família, sabia que a pequena estava sozinha em casa e ia até o local.
Agora adulta, Sherry conta que por diversas vezes acordou com o abusador em cima dela e que contou tudo para a mãe, que não acreditou nela e ainda lhe deu uma bronca na época.
Desesperada, a menina fugiu de casa porque não queria mais ser abusada, só que depois de alguns meses descobriu que estava grávida e, como tinha apenas 9 anos, não entendia direito o que estava acontecendo e voltou a procurar pela mãe.
A mulher ficou chocada com o relato da filha e a obrigou a manter segredo com medo da família ser mal vista pela comunidade. Aos 11 anos, Sherry foi obrigada a casar-se com o diácono e para isto a mãe dela viajou até o país vizinho, assim conseguiu a licença para oficializar a união.
“O Estado da Florida falhou-me. A escola sabia, o hospital sabia, os médicos sabiam, os tribunais sabiam. Ninguém me protegeu. Ninguém“, desabafou Sherry, que aos 16 anos já tinha seis filhos do diácono.
Depois de algum tempo, ele a abandonou e acabou sendo preso por não pagar a pensão dos filhos. Hoje, Sherry tem 55 anos e continua tentando recomeçar a vida a cada dia, inclusive trabalha para ajudar crianças que são vítimas de abusos.