Imagine assistir enquanto sua filha “se definha” na sua frente e não poder fazer nada. É assim que Adriana de Assis Silva, 40 anos, as vezes se sente. Com condições financeiras humildes, a mãe se sente impotente diante da doença que destrói sua filha aos poucos.
Allicia Vitória da Silva tem apenas 14 anos e já pesa 140 kg. O excesso de peso já gera complicações de saúde e a adolescente não consegue mais andar. Ela tem dificuldade para se locomover e, por isso, passa dias e noites sobre um colchão na sala de casa.
Ao G1, Adriana falou um pouco sobre a jornada que enfrenta com a filha e o relato é comovente. Allicia foi diagnosticada cedo com Síndrome de Prader-Willi, uma doença raríssima, que infelizmente não possui cura. A criança também é autista.
Adriana conta que não conhecia absolutamente nada de nenhum dos dois e precisou mudar de médico pediatra porque o primeiro acreditava apenas que a criança era “preguiçosa”. Com outro profissional, vieram os diagnósticos que começariam uma jornada.
Adriana explica que precisa se dedicar integralmente a filha e por isso apenas o marido trabalha fora. Allicia precisa de auxílio para praticamente tudo e, por isso, a mãe precisa estar sempre por perto. Embora desgastante, os pais afirmam que o bem-estar da filha é aquilo que mais querem.
A história chamou a atenção depois que a família decidiu fazer uma campanha nas redes sociais para levantar fundos para uma cadeira de rodas adaptada. Avaliada em R$3 mil, o item é extremamente necessário, mas acima das possibilidades financeiras da família.
A síndrome causa um aumento excessivo de apetite, além de um mal processamento daquilo que se come. O resultado é um quadro de obesidade que pode gerar outros problemas de saúde como diabetes, hipertensão, arritmias, problemas de mobilidade, etc.
Como explicado por médicos, a doença não tem cura e a única coisa possível é a minimização dos problemas através de tratamentos combinados, como dieta e acompanhamento médico.