Vítima de Covid-19 por falta de leitos em SP foi a 4 unidades de saúde antes de morrer

Vítima se deslocou a quatro unidades de saúde, antes de morrer.

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Nesta quinta-feira, dia 18, um homem identificado como Renan Ribeiro Cardoso, de 22 anos, foi a quatro unidades de saúde, antes de ser mais uma vítima do coronavírus. Renan não resistiu e morreu na UPA São Mateus II, após dois dias de ter dado entrada no pronto de atendimento.

Anteriormente, Renan esteve na UBS Recanto do Sol, onde foi confirmada a doença. Quando surgiram os primeiros sinais como falta de ar, Renan procurou um médico na unidade hospitalar de Santa Marcelina, situada em Tiradentes. Após receber atendimento, ele foi mandado para casa, onde o seu estado de saúde piorou. Mais uma vez, Renan foi para AMA Jardim das Laranjeiras, onde segundo a família, nem foi atendido.

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Renan tinha comorbidades, obeso, ele sentiu febre, mas o que o levou a pensar que estaria infectado com a doença, foi no momento que estava fazendo compras de produtos de limpeza. De acordo com Pedro Henrique Marques Lobato, primo de Renan, ele voltou para casa, passou perfume e não sentiu nada.

Logo após, surgiram as dores no corpo e mal-estar. Ele realizou dois testes rápidos adquiridos na farmácia, e ambos diagnosticaram negativo. De acordo com os especialistas, esse tipo de exame não é compatível e poderá resultar em muitos diagnósticos negativos.

Mesmo depois dos resultados, Renan decidiu procurar ajuda, porque estava com os sinais. Já no UPA de São Mateus, foi a quarta unidade que ele procurou por ajuda. Na última quinta-feira, depois de ter piorado o seu estado de saúde, Renan foi para o Upa de São Mateus II, mas não tinha leitos disponíveis, e foi colocado numa cadeira de rodas.

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Já na tarde do último sábado, quando o pai foi na unidade de saúde pela segunda vez para saber informações, os médicos estavam tentando encontrar a família para dar a notícia. Renan já tinha vindo a óbito às 17h19. De acordo com o primo, o médico disse que houve uma piora, no qual tentaram intubar, mas ele sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Lobato ressalta ainda que existiu negligência. Em suas palavras, ele destaca revoltado que não é possível uma cidade grande como SP, não existir nenhum lugar para ser atendido.

Ele diz ainda que quem assiste ao jornal, vê que está com uma ocupação de 96%, 98%, mas não o total. Ressalta ainda que alguma vaga devia existir.

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De acordo com Lobato, Renan adorava festas, mas desde o início da pandemia, ele tinha parado de sair. Em suas palavras, ele disse que o primo era festeiro, mas não de balada, gostava de receber gente em casa, fazer almoços, dançar um forró. Continuando, ele diz que os pais de Renan são um pouco adoentados, e por isso ele vinha se cuidando muito. Era o primo que tomava todos os cuidados.

Renan vivia com os pais no Recanto Verde do Sol, eles realizaram exames de sangue e aguardam o resultado, isolados em casa. O pai está com febre, cansaço no corpo e diarreia, de acordo com Lobato. Ele destaca ainda que estão mantendo o distanciamento social, usando máscaras descartáveis, que são trocadas a cada duas horas, e passando álcool em gel, frequentemente.

 

Carla Gomes

Apaixonada pela escrita, saber um pouco mais da vida dos famosos, amo receitas, dicas, saúde, curiosidades. Além de tudo as noticias que marcam o país e o mundo.