Uma cena protagonizada pelos advogados de defesa de Luis Felipe Manvailer, condenado pela morte de Tatiane Spitzner, acabou circulando nas redes sociais e gerando uma onda de críticas. Na cena, os advogados simulam uma esganadura diante do júri.
Nas imagens, Cláudio Dalledone Junior aparece segurando Maria Eduarda Lacerda pelo pescoço e sacodindo. A simulação é bastante intensa, chegando a fazer com que Maria Eduarda perdesse o equilíbrio. Ambos os advogados integram a defesa de Manvailer.
As imagens viralizaram de forma tão intensa que geraram a reação da OAB-PR, que emitiu nota e informou que vai apurar a conduta dos advogados. De acordo com nota, é “inaceitável a utilização do corpo feminino para a reprodução de atos de violência”.
O advogado Cláudio se defende da polêmica alegando que Maria Eduarda integra sua equipe e que a simulação havia sido previamente combinada. Sobre a abertura de apuração, o advogado afirmou: “Respeito a OAB-PR, mas não concordo”.
O advogado ainda defende a encenação afirmando que já realizou outras simulações e nunca houve polêmica porque, segundo ele, eram homens. Ele também questiona por que não faria simulações com membros da equipe que sejam mulheres.
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Por sua vez, Maria Eduarda também minimiza a polêmica e reforça que a simulação foi toda combinada previamente, destacando que ela não foi ferida e nem prejudicada pela ação. “Não me denegriu, não me deixou marcas. Eu me ofereci para participar. E se trata de algo corriqueiro para todos aqueles que sabem e atuam no Tribunal do Júri“, afirmou.