Existem histórias que nos emocionam por vários motivos, seja pela simplicidade, seja pela força de seus personagens. O caso de Lécio Vargas Galletti, sem dúvida nenhuma, vai te deixar emocionado. Galletti venceu a morte e voltou para a família.
Há cerca de um ano, o maranhense Lécio Galletti viu sua vida virar de cabeça para baixo depois de passar por diversos problemas de saúde até finalmente ser diagnosticado. Aos 40 anos, um inimigo invisível a vencer: a miocardite viral.
Galletti conta que os sintomas começaram com cansaço, fadiga e falta de ar. Até atividades rotineiras passaram a exigir um esforço maior para serem realizadas. Ele ainda não sabia, mas seu coração estava começando a falhar e aquela insuficiência o levaria a UTI.
A miocardite, embora possa desenvolver quadros graves como o de Lécio, não costuma apresentar sintomas e complicações tão graves, como explica o médico Alexandre Soeiro. A história de superação de Lécio começou desde a transferência do Maranhão para São Paulo.
Com o coração falhando e tendo apresentado líquido no pulmão, o maranhense precisou voar de UTI aérea até São Paulo, onde foi direto para a UTI. No hospital, se submeteu a alguns procedimentos mas os médicos logo perceberam que era um caso para transplante.
Galletti ficou 3 meses dependendo de máquinas, o que o abalou emocionalmente, segundo o próprio conta. O caso já tomava contornos dramáticos, pois é sabido que algumas máquinas não podem ser usadas por longos períodos, como o ECMO, que simula funcionamento de pulmão e coração artificiais, por exemplo.
Surpreendentemente, um órgão viável e compatível chegou e Lécio foi para a mesa de cirurgia. Com coração novo, ele havia recebido mais uma chance. Mas a história ainda não tinha chegado ao fim e outros capítulos trariam drama para o enredo.
Antes de passar pelo transplante, Lécio sofreu com uma embolia (coágulo) na perna direita. Os médicos então deram a notícia de que o membro precisaria ser amputado. Recuperado do transplante, Lécio teve medo de uma nova infecção e concordou com a amputação.
De lá para cá, já se passaram 10 meses e Lécio está se adaptando a nova realidade. Ele tem medo e se protege do covid-19, mas aproveita a vida em sua segunda chance. Adaptado a prótese e com o peso recuperado, ele planeja se mudar definitivamente com a família para São Paulo.