A Polícia Federal deflagrou nesta terça, dia 12 de dezembro, a “Operação Hinsberg”, direcionada ao combate ao tráfico de drogas e ao desvio de um produto químico usado na produção de crack.
O alvo principal é a Anidrol, uma indústria química sediada na Grande São Paulo, cujo um dos sócios é o conhecido influenciador fitness Renato Cariani, seguido por mais de 7 milhões de pessoas em suas redes sociais.
Embora tenham solicitado a prisão de Cariani e de outras duas pessoas, as autoridades judiciais negaram esse pedido. No entanto, durante a investigação, a PF interceptou mensagens que sugerem que Cariani e sua sócia tinham conhecimento da vigilância policial.
Segundo a investigação, em uma das conversas, Cariani disse: “Poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia“.
Pelo contexto do diálogo, os investigadores da policia federal dizem que o fisiculturista sabia que uma investigação contra a empresa estava em andamento e os sócios seriam possíveis alvos das autoridades.
Cariani, por sua vez, alega surpresa com a operação da PF, enfatizando que sua empresa é “regulada” e possui mais de 40 anos de história. Ele negou veementemente qualquer envolvimento no esquema sob investigação, ressaltando que seus advogados buscarão acesso ao processo para esclarecimentos.
A Operação Hinsberg envolveu 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, visando desmantelar um esquema que teria desviado toneladas de um produto químico essencial para a produção de 12 a 16 toneladas de crack.