Na manhã desta quarta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – autorizou a volta dos testes clínicos da vacina “CoronaVac”, produzida pela farmacêutica chinesa SinoVac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.
A vacina CoronaVac é uma entre tantas outras em teste em todo o mundo na corrida contra o tempo da comunidade científica, que busca incansavelmente um medicamento eficaz contra a doença causada pelo novo coronavírus, a Covid-19.
A suspensão dos testes com a CoronaVac aconteceu na noite da última segunda-feira (9), após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária afirmar que havia acontecido um “evento adverso grave” com um dos voluntários que participava do estudo.
Entretanto, a apuração realizada por veículos de imprensa mostrou que o voluntário foi a óbito por cometer suicídio. Neste contexto, não existe nenhuma relação entre a vacina e a morte do voluntário.
A suspensão dos testes causou muita estranheza junto aos médicos e cientistas responsáveis pelos testes no Brasil e levantou uma grave suspeita sobre uma possível politização da Anvisa.
O Instituo Butantan criticou com veemência a suspensão dos testes e afirmou eu a Anvisa tinha em mãos todos os dados sobre a morte do voluntário e que estaria ciente de que o imunizante não poderia em hipótese alguma ser considerada responsável pelo óbito.
A Anvisa respondeu afirmando que não recebeu os esclarecimentos necessários sobre a causa da morte do voluntário e ressaltou que as informações recebidas eram “insuficientes e incompletas”. Além disso, acrescentou que o Butantan teria sido informado da suspensão 38 minutos antes de anunciar a decisão.