O cenário devastador na ilha de Maui, no Havaí, reflete a gravidade dos recentes incêndios que ceifaram a vida de 80 pessoas até o momento, conforme revelaram as autoridades no sábado (12). Com a atual contagem, esse desastre supera qualquer outro evento natural na história da região em termos de fatalidades.
O triste recorde anterior era de 1960, quando um devastador tsunami atingiu a ilha principal do arquipélago havaiano, levando consigo 61 vidas.
O governador Josh Green, evidenciando a gravidade da situação, havia anteriormente indicado que o número de vítimas poderia crescer à medida que as operações de busca e resgate prosseguissem. Além disso, a presença de equipes especializadas com cães farejadores fortalece essa premissa, uma vez que há uma chance considerável de descoberta de mais vítimas nos destroços.
O desastre não parou nas vidas perdidas. O fogo, implacável, já reduziu a cinzas mais de mil construções, forçando milhares de residentes a abandonarem seus lares e procurarem refúgio em locais seguros.
O incêndio de Lahaina, que começou nas áreas de vegetação e rapidamente se alastrou para áreas urbanas, ainda estava ativo, apesar dos esforços das equipes de combate terem conseguido conter cerca de 85% das chamas, conforme informado pelas autoridades locais.
O sistema de alerta da ilha, que conta com sirenes de emergência projetadas especificamente para advertir sobre desastres naturais e outras situações de risco, está sob escrutínio. Investigações estão em andamento para determinar se essas sirenes foram ativadas durante o surto do incêndio.
Bradford Ventura, chefe do Corpo de Bombeiros do condado de Maui, em uma declaração feita em coletiva de imprensa na última quinta-feira, enfatizou os desafios enfrentados pelas equipes de resgate. Segundo ele, a rapidez com que o incêndio se propagou fez com que a comunicação entre os socorristas da linha de frente e os responsáveis pelo gerenciamento de emergência, que geralmente orientam as evacuações, fosse “quase impossível”.
A situação em Maui destaca a força imprevisível da natureza e a necessidade de sistemas robustos e eficientes de alerta e resposta a desastres. A comunidade havaiana, agora, une-se em luto e busca formas de se recuperar deste evento trágico.