O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB – SP), faleceu na manhã deste domingo (16), vítima de um câncer que foi diagnosticado, inicialmente na cárdia, região de transição entre o esôfago e o estômago.
Bruno Covas ficou sabendo que estava gravemente doente em 2019 e desde então vinha lutando bravamente contra o câncer.
De acordo com as informações repassadas pelo portal de notícias online, ‘R7’, a oncologista Ignez Braghiroli, que faz parte da diretoria SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) e coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais, revelou que este tipo de câncer que acometeu Bruno Covas está ligado a inflamações crônicas que geralmente são causadas pelo excesso de peso.
Ignez revelou que o tumor que se desenvolve entre o esôfago e o estômago é constantemente relacionado à obesidade e à doença do refluxo, tais condições são propicias para causar uma inflamação do esôfago que aumenta consideravelmente a possibilidade de formação de tumores.
A médica oncologista ressaltou que quando o diagnóstico acontece tardiamente, o câncer se torna mais agressivo principalmente em pacientes com menos de 50 anos.
O diagnóstico tardio dificulta o tratamento pois este tipo de câncer provoca a metástase com rapidez, ou sejam o tumor se espalha para vários outros órgãos do organismo.
Quando Bruno Covas foi diagnosticado com o câncer, a doença já havia se espalhado e atingido os linfonodos do fígado e mais recentemente se espalhou pelos ossos e para o fígado.
Segundo a oncologista, quando o câncer gástrico é diagnosticado em sua fase inicial existe a possibilidade da realização de uma cirurgia para a retirada do tumor, entretanto, quando a metástase acontece fica mais difícil obter sucesso em um procedimento cirúrgico pois neste caso o tumor já saiu de onde nasceu.