A morte de Beto Freitas, homem negro agredido e asfixiado numa unidade do Carrefour, em Porto Alegre, segue sendo investigada pela polícia. Uma nova testemunha foi ouvida e trouxe informações ainda desconhecidas aos investigadores.
Uma mulher, que estava como cliente no mercado, contou a polícia que os seguranças pareciam “desorientados” quando perceberam que a vítima não respirava. No entanto, ainda de acordo com a depoente, os dois homens foram alertados sobre a condição de Freitas.
A cliente afirmou que estava chegando ao mercado quando a confusão aconteceu. Ela declarou, em depoimento, que se aproximou dos seguranças e chegou a alertá-los sobre os sinais “visíveis de asfixia” que Beto Freitas apresentava.
De acordo com o depoimento ainda, os seguranças teriam reagido apenas pedindo que a cliente não “se intrometesse em seu trabalho”. A mulher teria continuado ao redor da cena, quando percebeu que Beto Freitas estava tendo alteração de cor nos lábios e pontas dos dedos.
“Mas já era tarde”, diz ainda o depoimento. A cliente conta que mais uma vez teria alertado os seguranças, mas a esta altura já era tarde. A cliente conta ainda que os seguranças pareciam assustados e perguntando se alguém, em meio a confusão, saberia como checar sinais vitais.
Neste momento, um homem teria se aproximado e constatado que Beto Freitas havia morrido. Ainda de acordo com o depoimento, os seguranças teriam levado algum tempo para se afastar do corpo. O SAMU teria chegado apenas cerca de 1h depois.