A Polícia Civil de Santos, localizada no litoral de São Paulo, está investigando os eventos que levaram à morte do comerciante José Marcelo Neves dos Santos, de 32 anos, ocorrida durante uma ação das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) no último domingo (11).
Ele se tornou a vigésima vítima fatal durante confrontos com a tropa de elite da Polícia Militar, em alegadas situações de tiroteio, desde a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, ocorrida em 26 de janeiro.
Os parentes do comerciante, no entanto, alegam que ele teria sido submetido a atos de tortura, incluindo a remoção de suas tatuagens à força, antes de ser executado.
De acordo com a irmã de José, Mayara dos Santos, declarou que testemunhas presenciaram a abordagem da Rota ao seu irmão, que estava desarmado e não tinha conexão com atividades criminosas.
Segundo a familiar, ele saiu de casa com o objetivo de comprar gasolina e foi abordado pelos policiais durante o trajeto. Relatos de testemunhas, apontam que José Marcelo teria comunicado aos policiais militares sobre um histórico criminal anterior.
As passagens teriam ocorrido durante um período em que ele enfrentava problemas com dependência química. No entanto, conforme mencionado pela irmã do comerciante, após essa interação, não houve nenhum confronto entre ele e os policiais.
As autoridades estão investigando as circunstâncias em que José Marcelo teria sido torturado e posteriormente executado. O incidente foi reportado à Polícia Civil de Santos no domingo.
Segundo o boletim de ocorrência, policiais da Rota afirmaram, em depoimento, que dispararam duas vezes contra José Marcelo depois que ele, alegadamente, desceu de uma bicicleta e começou a atirar contra eles.
O comerciante foi socorrido e levado para um hospital na região, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.