Quem é o ex-piloto que luta contra a doença conhecida como ‘morte em vida’; conheça os sintomas

Essa condição é rara e por isso pouco conhecida do grande público.

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Antonio Maranhão Calmon, um piloto de 47 anos, viu sua carreira ser abruptamente interrompida após receber o diagnóstico de Ataxia de Friedreich, uma doença neurodegenerativa e irreversível que é muitas vezes descrita como uma “morte em vida”.

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Os primeiros sintomas surgiram quando ele tinha 30 anos, mas o diagnóstico correto só foi obtido sete anos depois. Essa condição hereditária rara afeta severamente as funções motoras, resultando em dificuldades para falar e caminhar. A situação de Antonio se agravou quando passageiros começaram a acusá-lo de pilotar sob efeito de álcool, devido à sua instabilidade motora.

Esse cenário de suspeitas levou ao seu afastamento do trabalho e a uma busca incessante por um diagnóstico. Foi somente no hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, que os médicos conseguiram identificar a Ataxia de Friedreich.

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“Quando recebi o diagnóstico, parecia que era o fim do mundo, foi como uma sentença de morte. E de certa forma é, pois essa doença é conhecida como morte em vida, porque o lado cognitivo fica intacto, mas o corpo padece. É o contrário do Alzheimer”, ressaltou o ex-piloto.

Os primeiros sintomas da morte em vida surgiram quando Antonio tinha 30 anos

A doença trouxe desafios imensos para Antonio, que, aos 38 anos, buscou tratamento médico nos Estados Unidos e observou algumas melhoras em seu estado de saúde. No entanto, ele ainda não consegue caminhar sem apoio.

Atualmente, ele vive em Portugal com sua namorada, que também sofre da mesma condição. Antonio reflete sobre a drástica mudança em sua vida, do sonho de ascensão na carreira de piloto à luta diária contra os efeitos devastadores da doença.

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Sua história é um lembrete da importância do diagnóstico precoce e do suporte contínuo para aqueles que enfrentam doenças raras e debilitantes.

Ele também destaca a necessidade de uma maior compreensão e sensibilização sobre essas condições, para que outros não sofram o mesmo tipo de acusações infundadas e possam buscar o tratamento adequado mais rapidamente.

A trajetória de Antonio Maranhão Calmon inspira uma reflexão profunda sobre os desafios enfrentados por pacientes com doenças raras e a necessidade de empatia e suporte tanto do sistema de saúde quanto da sociedade.

Os principais sintomas da doença são:

  • Lentidão nos reflexos;
  • Perda de sensibilidade nos membros afetados;
  • Surdez;
  • Cegueira;
  • Dificuldades para andar e manter a coluna ereta.

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.