Quem era a mulher de 33 anos vítima de feminicídio cometido por ex-vereador no RS

O número de feminicídios no Brasil tem aumentado de forma alarmante, refletindo a violência de gênero que persiste na sociedade. Em Fortaleza dos Valos, no Rio Grande do Sul, a comunidade foi abalada pela trágica morte de Jordana Prass Hagemann, de 33 anos, vítima de feminicídio cometido pelo ex-vereador Evandro Henrique de Campos.

Jordana era uma figura ativa na comunidade, reconhecida por sua dedicação aos direitos das mulheres. Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fortaleza dos Valos, ela participava de diversos grupos e atividades, desde eventos escolares até o CTG local.

Eduarda Soares, amiga de infância, destacou o papel de Jordana como uma mulher destemida e atuante em espaços predominantemente masculinos. Além de seu envolvimento comunitário, Jordana trabalhava em uma empresa de gastronomia, onde era admirada por seu espírito alegre e destemido.

Sua ex-chefe, Rosi Stefanello, relembra a alegria contagiante e a coragem de Jordana, ressaltando que ela sempre estava pronta para enfrentar novos desafios. Segundo a investigação da Polícia Civil, Evandro invadiu a casa de Jordana e a matou a tiros antes de tirar a própria vida.

A vítima tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro desde março deste ano, após ele a ameaçar de morte. Apesar do pedido de prisão preventiva, a decisão judicial não foi expedida a tempo de prevenir a tragédia. O crime aconteceu nesta última terça, dia 13 de julho.

A notícia da morte de Jordana devastou sua família, especialmente seu pai, João Severo Hagemann, que a descreveu como seu “braço direito” desde a infância. Jordana deixa dois filhos, de 5 e 11 anos, e uma comunidade que lamenta a perda de uma defensora incansável dos direitos das mulheres.

Este caso evidencia a urgência de medidas eficazes para proteger as mulheres e prevenir a violência de gênero, um desafio que a sociedade brasileira ainda enfrenta de forma crítica.