Os investigadores do caso envolvendo um suspeito de planejar ataques a escola de São Paulo tem revelado detalhes da investigação. O homem foi ouvido em depoimento e, de acordo com os delegados, não demostrou constrangimento algum ao admitir que planejava um massacre.
A polícia monitora o rapaz, de 19 anos, há mais de um ano. No começo do ano passado, ele já havia sido preso por planejar um atentado a escola, mas foi solto ao alegar insanidade mental, mas continuou no “radar” da polícia.
A polícia também descobriu um empecilho jurídico, já que a legislação brasileira não tipifica este tipo de ação. Em outras palavras, não existe crime sem a tentativa ou efetivação do ato. Como o rapaz vinha “apenas” planejando, a polícia percebeu que não conseguiria mante-lo preso.
Para realizar a prisão do jovem, a polícia continuou monitorando o rapaz até ser capaz de provar a tentativa de aliciamento de menores, algo previsto pelas leis brasileiras. Dois adolescentes estão sendo investigados por suposto envolvimento nos planos do rapaz.
De acordo com os investigadores, o rapaz vinha tentando comprar armas de fogo pela internet. Para passar seus planos aos jovens cooptados, o rapaz fazia parecer que se tratavam de receitas de bolo.
A polícia apreendeu o telefone celular do rapaz, que deve passar por perícia. O jovem, de acordo com os delegados, assume os crimes sem constrangimento. Ele teria afirmado ser fã de crimes violentos e admitido a vontade de causar muitas mortes.