O Tribunal Especial Misto, composto por 5 desembargadores e 5 deputados, decidiu hoje pelo impeachment de Wilson Witzel. A decisão foi unanime e, além de tira-lo do cargo, torna Witzel inelegível por 5 anos.
Na votação pelo período de inelegibilidade, apenas Alexandre Freitas (Novo) divergiu do voto. Witzel se torna inelegível por 5 anos, Freitas votou pelo período de 4 anos. Com a decisão, Cláudio Castro (PSC) assume o cargo. Castro foi vice na campanha de Witzel e já vinha desempenhando a função de Governador.
Witzel se tornou réu em processos de responsabilidade fiscal e fraude. Durante a pandemia, contratos firmados por Witzel se tornaram alvo de investigações, que apontaram irregularidades. O ex-juiz alega inocência.
ASCENÇÃO E QUEDA
Witzel foi um dos fenômenos observados nas últimas eleições, com uma ascensão meteórica. Ele, que vinha de uma carreira como juíz, tinha pouca experiência política e se tornou governador do Rio durante as eleições impulsionadas pelo apoio de Bolsonaro.
Em agosto de 2020, no entanto, veio o afastamento do cargo e agora o impeachment. Witzel pode recorrer da decisão. “Não desistirei jamais do cargo. Espero um julgamento justo e técnico”, escreveu no twitter.
“É revoltante o resultado do processo de impeachment! A norma processual e a técnica nunca estiveram presentes. Não fui submetido a um Tribunal de um Estado de Direito, mas sim a um Tribunal Inquisitório“, afirmou.
A decisão pelo impeachment se torna histórica no Rio de Janeiro.