Em 6 de maio deste ano, a Polícia Civil realizou uma operação na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que passou a ser reconhecida como a mais letal da história. Imagens do horror vivido por moradores inundaram as redes sociais e ilustraram a ação, que resultou na morte de 27 pessoas e um policial.
O caso foi denunciado e passou por investigação, que começa a dar resultado. O Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a denúncia de, pelo menos, dois policiais civis presentes na ação. Os crimes foram listados pelo documento do órgão.
As denuncias são referentes principalmente a morte de Omar Pereira da Silva, que teria sido executado por policiais, mesmo sem portar armas ou oferecer riscos. Os dois agentes, da polícia civil, são acusados de fraude processual enquanto um deles também responde por homicídio doloso.
O caso agora foi encaminhado para o 2º Tribunal do Júri da Capital, onde deve ser continuado. O MPRJ também pediu a afastamento dos dois policiais. As denuncias são as primeiras feitas contra agentes da segurança por ações realizadas durante o período de restrições do STF.
A operação de maio foi amplamente criticada também por este detalhe. De acordo com decisão do ministro Edson Fachin, as policias estavam proibidas de realizar ações armadas dentro de comunidades durante a pandemia.
A identidade dos policiais denunciados não foi divulgada. Os dois devem responder pelos crimes e podem ser expulsos da corporação.