Polícia do Rio faz dura declaração sobre meninos de Belford Roxo; famílias cobram

O fim do ano passado interrompeu a vida cotidiana de três famílias em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Lucas Matheus, 8 anos, Fernando Henrique, 11 anos e Alexandre da Silva, 10 anos, desapareceram em dezembro de 2020.

A polícia passou a investigar o desaparecimento e já possui uma linha investigativa. Segundo a polícia, esta é a tese principal e a única que está sendo trabalhada neste momento. O delegado Uriel Alcântara concedeu entrevista ao deputado Alexandre Knoploch e explicou como a polícia tem trabalhado.

Segundo a declaração, para a polícia não existem dúvidas de que os meninos foram mortos pelo tráfico. Segundo a apuração feita até aqui, os meninos teriam sido pegos roubando uma gaiola de passarinho, o que teria gerado a reação dos traficantes.

A gente trabalha com essa questão e, em razão disso, o tráfico teria determinado, teria pegado essas crianças, não sabe o que teria acontecido, como teria ocorrido, mas sabe que, em razão disso, essas crianças foram pegas e foram mortas dentro da comunidade. Então, a gente sabe que essas crianças tiveram os corpos levados pra um rio.

Nas últimas semanas, um novo suspeito foi denunciado à polícia pelo próprio irmão. O homem admitiu ter jogado sacos em um rio, a mando de traficantes, mas alegou não saber o que tinha dentro dos sacos.

Deste então, a polícia realizou uma série de buscas no rio, mas não encontrou indícios de corpos. Os meninos teriam sido mortos e seus corpos teriam sido descartados no rio, conforme as investigações.

Para as famílias, no entanto, ainda existe a esperança de que as crianças estejam vivas. Para os familiares, enquanto não houver corpo ainda há esperança. O desaparecimento está próximo de completar 9 meses. A polícia alega que, por se tratar de uma comunidade com forte atuação do crime, os moradores tem medo de testemunhar, o que dificulta a investigação.