Sofia Aparecida da Cruz tinha apenas 12 anos quando sofreu um AVC hemorrágico e não resistiu. A menina, segundo a família, estava numa festa de aniversário quando desmaiou repentinamente. A família acusa o hospital de omissão.
Segundo a família, a menina estava na festa e se comportava normalmente, brincando e comendo sem apresentar dificuldades. No entanto, a menina desmaiou repentinamente enquanto estava sentada no sofá. Nesse momento, a garota foi levada às pressas para o Pronto Socorro de Ilha Comprida.
A família acusa o médico plantonista de omissão. A mãe da menina afirma que o médico teria se recusado a examinar a menina, alegando que a criança estivesse “bêbada ou drogada”.
Tamires conta que o médico exigia o registro de boletim de ocorrência porque, em sua avaliação profissional, a menina estava sob efeito de substância. A família afirma que Sofia permaneceu recebendo soro em uma maca por cerca de 30 minutos, enquanto Tamires correu para a delegacia com o marido.
Na delegacia, foram obrigados a esperar mais uma hora e meia para a chegada do escrivão porque, segundo informações da própria delegacia, ele estava tomando banho. Enquanto os pais tentavam registrar um boletim de ocorrência, a avó da menina permaneceu no hospital.
Silvia foi quem conseguiu convencer uma enfermeira a examinar a menina e foi a profissional quem constatou um AVC. A menina então foi transferida para outra unidade hospitalar, mas não pôde ficar por falta de leito. Finalmente, Sofia foi transferida ao Hospital do Registro, onde passou por cirurgia emergencial.
“Fizeram uma tomografia e constataram um AVC hemorrágico. No dia seguinte, fizeram uma cirurgia de emergência no crânio da minha filha e retiraram cerca de 600 ml de sangue acumulado“, conta a mãe.
A família agora aciona o hospital e o médico na Justiça, alegando que Sofia teve atendimento negligenciado.