A Polícia Civil de São Paulo fechou, em operação realizada ontem (13), uma farmácia que enganava imigrantes com suposta vacina contra a covid-19, ao preço de R$100. O crime vinha sendo investigado pela polícia e foi alvo de denúncias.
A polícia contou com apoio da vigilância sanitária para realizar a operação. O estabelecimento foi fechado, vários medicamentos foram apreendidos e o farmacêutico foi detido em flagrante. Além disso, o homem teve sua licença profissional suspensa.
O caso chegou ao conhecimento da polícia após uma reportagem da BBC News Brasil, que expôs o esquema que se aproveitava do desespero e desinformação de imigrantes. O local, chamado Drogaria Diamante, fica na Vila Maria Alta, SP.
A reportagem expôs o caso de uma mulher boliviana de 35 anos que teria gastado mais de R$2 mil em um suposto tratamento contra a covid-19 no local. O “tratamento” incluía uma vacina. O tratamento não tem eficácia alguma. A mulher acabou sendo internada e morreu dias depois, com mais de 50% dos pulmões comprometidos.
A polícia informou ainda que foram encontradas grandes quantidades de medicamento vencido, além disso outros medicamentos em situação irregular, como: fora de armazenamento adequado, tanques de oxigênio, remédios de venda proibida, até mesmo remédios de uso exclusivo hospitalar dentre outras irregularidades. A polícia ainda investiga se a farmácia se beneficiava de algum esquema de desvio de remédios de algum hospital.
SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
Por enquanto, apenas o SUS realiza a vacinação – isto significa que nenhum local do país tem autorização para vender o imunizante. Além disso, imigrantes possuem cobertura de atendimento pelo SUS e podem receber a vacina pelo sistema público brasileiro.