PM acusa policiais de tortura e racismo em Minas após ser abordado com filha pequena

Anderson foi preso e permaneceu detido por 13 dias.

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O policial militar Anderson César da Silva afirma ter sido vítima de abuso policial, tortura e racismo. Anderson estava com a filha, de apenas 4 anos, em um parque de Barbacena, Minas Gerais, quando foi abordado pelos agentes.

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Segundo as informações apresentadas, a polícia havia sido acionada porque um “homem de cor parda se dirigia para a mata com uma criança pequena que chorava“. Ao ser abordado, Anderson alega ter se apresentado como PM e informado que era pai da menina.

“O militar chegou, virou para mim e falou: ‘Seu preto safado, olha a cor da sua filha, olha a sua cor’ (…)”, relata Anderson. O soldado afirma que tentou filmar a abordagem, mas teve o celular tomado e sofreu um mata-leão, alegando ainda que não se lembra do que aconteceu depois.

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Anderson foi preso e permaneceu detido por 13 dias. A PMMG alega ainda que Anderson teria ordenado que seu cachorro avançasse contra os policiais. Em vídeos feitos por testemunhas, é possível ouvir disparos de arma de fogo durante a abordagem, que teriam sido feitos contra o cachorro.

O caso aconteceu em janeiro deste ano; cinco meses depois, em junho, Anderson foi denunciado pela Promotoria da Justiça Militar por uma série de infrações que podem leva-lo a uma detenção de até 8 anos.

Lesão corporal, resistência mediante violência ou ameaça, ameaça, desacato a superior e desobediência, são os crimes imputados contra Anderson. Em setembro, a esposa do PM fez uma denúncia contra o caso, que passou a ser acompanhado pela Defensoria Pública, que aponta tortura, lesão corporal e racismo na abordagem policial.

Roberta R

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