Perícia sugere mortes suspeitas em operação no Jacarezinho; tiros nas costas e a curta distância

Os documentos são uma peça fundamental na reconstrução dos fatos do dia 6 de maio.

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A operação da polícia civil no Jacarezinho, apontada como a mais letal da história, ganhou mais um capítulo nas últimas horas. Os laudos dos exames de necropsia, realizados nos corpos de 27 mortos na operação, foram entregues.

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Os documentos são uma peça fundamental na reconstrução dos fatos do dia 6 de maio. De um lado, a polícia afirma ter entrado em confronto com suspeitos e disparado em legítima defesa. Do outro lado, moradores denunciam que a polícia executou pessoas e agiu por vingança pela morte do soldado André Leonardo de Mello Frias.

O Jornal O Globo divulgou os laudos que mostram evidências de que pelo menos 73 tiros foram disparados contra as 27 vítimas. O que mais chama a atenção são os percursos das balas em alguns dos corpos.

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O laudo revela que 4 pessoas foram baleadas apenas pelas costas. Richard Gabriel da Silva Ferreira, de 23 anos, um exemplo destacado pela reportagem, recebeu 6 tiros, todos de fuzil, no braço, costas, barriga e peito.

Alguns dos corpos, ainda segundo o laudo, também apresentavam escoriações pelo corpo, que sugerem ter sido arrastados. Outros corpos tinham marcas de disparo a curta distância. As informações tem sido alvo de grande debate.

A Defensoria Pública já tem os documentos e afirmou que vai se manifestar apenas após análise completa dos dados. O Ministério Público também acompanha o caso. A secretaria da Polícia Civil afirmou que os dados são condizentes com “conflitos em áreas confinadas” e afirmou que apenas será possível uma análise técnica após todos os dados.

Roberta R

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