No dia 2 de janeiro deste ano, o jovem Wtsherdhay Gonçalves dos Santos, de 22 anos, teve sua história contada em todos os principais jornais do país. O rapaz, que é autista, foi parar na emergência e perdeu um olho após ser brutalmente agredido.
As informações do caso explicam o tamanho da covardia que o rapaz enfrentou. Wtsherdhay estava com o irmão caçula em uma quadra pública, quando adolescentes que estavam no local começaram a sessão de agressão.
Pela primeira vez, desde que o episódio de violência aconteceu, a família do rapaz falou. Wtsherdhay mostrou o rosto pela primeira vez, em entrevista ao Metrópoles, e falou sobre o que vem enfrentando.
O rapaz explicou o que se lembra do dia em que foi atacado. Ele conta que foi agredido depois de defender o irmão, Solomon. O garoto era provocado pelos adolescentes, que sopravam fumaça contra seu rosto.
“Eu fui falar para eles pararem, e um deles pegou um canivete na mochila e atacou meu olho. Depois desmaiei. Ele ainda me xingou de preto fedido, gorila, macaco e veado“, lembra o rapaz. Ele ainda lembra que se sentiu humilhado.
Hoje a família comemora a prótese ocular que o rapaz vai ganhar, sem custos, através de um projeto do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Por outro lado, também cobra Justiça.
A mãe confessa que ainda não consegue entender o tamanho de tanta brutalidade. Ela pede por Justiça e tem buscado mobilizar meios de mudar o tipo de punição neste tipo de caso. Wheda Gonçalves acredita que a intenção dos agressores do filho era de matá-lo.
Wheda defende penas mais severas para casos em que adolescentes estejam envolvidos em tamanha brutalidade.