Com passadas poucas semanas de pandemia, especialistas de diversas áreas sempre destacaram o caráter duradouro da pandemia. O alerta sempre chamava a atenção não apenas para a pandemia, mas também para as consequências dela.
Em todos os setores da sociedade, a pandemia tem deixado sua marca e, em muitos casos, essas marcas levarão tempo para serem superadas. Na educação, por exemplo, a defasagem gera alerta e preocupação.
No âmbito da saúde, especialistas alertam sobre a repercussão dos danos à saúde mental, que podem ser duradouros. Mas também na saúde um dado tem se destacado e acendido o alerta, o alto número de bebês prematuros e, em alguns casos, órfãos.
Segundo um levantamento divulgado recentemente, mais de 1400 grávidas já morreram em função da pandemia. Este número, no entanto, é bem maior se levado em consideração que nem todas as mortes de mulheres grávidas foram testadas pra covid.
Ainda de acordo com especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a nova variante da covid-19 tem gerado uma “avalanche” de bebês prematuros. Por causa do vírus, muitas gestações se tornam de risco, forçando médicos a acelerarem as cesáreas, no intuito de aumentar as chances de sobrevivência da mãe e dar ao bebê a chance de sobreviver também.
“Estamos enfrentando um problema terrível de superlotação, principalmente nos leitos de UTI neonatal Covid, porque a gente não pode misturar. É uma legião de prematuros e, muitas vezes, órfãos de mãe”, relatou obstetra Melania Amorim.