O padre Júlio Lancellotti recebeu críticas nas redes sociais após publicar uma foto em celebração do Natal. A data que, para os cristãos, marca o nascimento de Cristo, foi também a data em que o racismo se instalou nas redes sociais do líder religioso.
Na foto, o padre aparece segurando uma imagem do menino Jesus. A diferença, para outras tantas fotos, é que a representação de Jesus era como um menino negro. Nos comentários, fiéis atacaram o padre por isso.
“Uai, padre. Tá querendo mudar a história Para poder lacrar? Acho que você precisa de mais um pouco de aula de história e teologismo. Não abdique os ensinamentos para lacrar“, escreveu um internauta.
Os comentários, no entanto, são curiosos. O catolicismo europeu retratou Jesus como um homem branco, de olhos azuis e cabelos lisos por séculos. No entanto, historiadores defendem que Jesus não tinha tal aparência.
O trabalho científico para se aproximar do que deve ter sido a aparência de Jesus contou com análise de esqueletos e crânios de judeus, descobertos na região onde Jesus nasceu. Acredita-se que Jesus tinha uma estatura baixa para média (uma vez que judeus da época tinham, em média, 1,60), pele morena (tanto pela tendência da região, quanto pela exposição ao sol) e cabelos sempre aparados (assim como outros judeus do período).

Jesus possivelmente não tinha a pele retinta, como a imagem exposta pelo padre, mas também não foi um homem branco.