Em 1985, na região norte da Colômbia, uma tragédia de proporções inimagináveis se abateu sobre a área. De forma repentina e extremamente violenta, o vulcão Nevado del Ruiz entrou em erupção, desencadeando uma catástrofe de magnitude assustadora.
Os danos foram avassaladores, com estimativas apontando para mais de 20 mil vítimas fatais ou desaparecidas. A erupção resultou no soterramento de várias cidades próximas sob uma densa camada de cinzas e lama.
A cidade de Armero, localizada em um vale aos pés do colossal vulcão, que se eleva a mais de 16.200 pés de altura, foi uma das localidades mais duramente atingidas, sofrendo uma devastação sem precedentes.
Desta terrível tragédia, o nome de Omayra Sánchez continua ecoando até os dias de hoje, evocando tanto tragédia quanto resiliência. Sua vida e trajetória não apenas testemunham as forças devastadoras da natureza, mas também a resistência inabalável do espírito humano.
Em 1985, a ira do vulcão Nevado del Ruiz se abateu sobre a cidade colombiana de Armero, deixando morte e destruição em seu caminho. No meio do caos e do sofrimento, uma jovem chamada Omayra ficou aprisionada sob os destroços.
Sua luta desesperada rapidamente se transformou em um espetáculo global que alteraria para sempre nossa compreensão dos desastres naturais e nossas respostas a eles.
A história angustiante de Omayra Sánchez, desde a catastrófica erupção vulcânica até sua dolorosa partida diante dos olhos do mundo, permanece comovente e inesquecível. Um fotógrafo francês foi encarregado de capturar a jovem em seu momento final de angústia.
“Eu senti que eu tinha que retratar o que essa menininha teve que passar. A essa altura, Omayra já perdia a consciência, às vezes recobrando-a. Ela até me perguntou se eu podia levá-la para a escola porque ela estava preocupada que chegaria atrasada”, ressaltou Frank Fournier para a emissora BBC.
Sánchez veio a óbito apenas três horas após ter sido registrada por Fournier, o que ocorreu três dias após ela ter sido encontrada por voluntários que atuavam na região.
As pernas de Omayra estavam aprisionadas sob a água por um portal de tijolos, enquanto os braços de sua tia, que já havia sucumbido à lama, a mantinham retida. Mesmo com os esforços dos voluntários da Cruz Vermelha e dos moradores locais para libertá-la, eles foram incapazes de ter sucesso.
A trágica situação da garota desencadeou críticas contundentes ao governo do país, que na época alegou não possuir os recursos adequados para realizar um resgate eficaz.
Testemunhas que estavam auxiliando as vítimas relataram que haviam solicitado insistentemente às autoridades uma bomba para drenar a água, porém suas súplicas não foram atendidas.
In 1985, a Colombian girl named Omayra Sánchez was trapped in a volcanic mudflow up to her waist. Knowing she would die, volunteers and rescuers did their best to comfort her. She passed away after 60 hours. pic.twitter.com/lvdZ1W6Hx1
— Fascinating (@fasc1nate) March 29, 2024
O fotógrafo francês comentou depois do acontecimento que se sentiu completamente impotente diante de uma menina que enfrentou a morte com extrema dignidade.