A CPI da Covid-19 surpreendeu a população hoje quando o senador Omar Aziz (PSD-AM) deu voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. A prisão, no entanto, gerou perguntas em relação ao motivo.
Roberto Dias depôs hoje e foi questionado sobre as acusações das quais esta sendo alvo. Dias é acusado de negociar propina de US$1 e também forçar a negociação da covaxin. Ele nega as acusações.
Durante a CPI, Dias ainda foi questionado sobre Luiz Paulo Dominghetti, com quem teve um encontro e que, supostamente, havia sido combinado para tratar do suposto pedido de propina. Para a CPI, ele afirmou que o encontro se deu de forma “incidental”.
No entanto, para o senador Aziz, que é presidente da CPI, Dias mentiu durante o depoimento. A afirmação de Aziz se deve ao depoimento do próprio Dominghetti, que afirmou ter se encontrado com Dias para tratar de propina em um encontro combinado.
As duas versões, portanto, são contraditórias entre si. Aziz determinou a prisão do depoente, que foi detido pela polícia legislativa, levado a delegacia e logo liberado. Ele vai responder por crime de perjúrio, mas pode se livrar da condenação caso se retrate antes da definição.
Dias é acusado de mentir sob juramento, o que é crime de Perjúrio, que prevê pena de 2 a 4 anos. Aziz subiu o tom durante a audiência e acusou Dias de “contar historinhas” e afirmou que a prisão se dava para que a CPI não perdesse a seriedade.