No país desde 1995, brasileira morta em atentado na França sonhava em rodar o mundo com food truck

Nascida no subúrbio de Salvador, Simone Barreto saiu do país há 25 anos, quando decidiu entrar para um grupo de dança idealizado pela irmã. Na época, com 19 anos, talvez ela não imaginasse que teria cidadania francesa e construiria sua vida no país.

Formada na área da culinária, Simone é descrita como brincalhona pelos amigos. Aos 44 anos, ela tinha 3 filhos e trabalhava profissionalmente como cuidadora de idosos. Além disso, atuava também como agitadora cultural e conseguiu cidadania francesa.

Além de Simone, outras duas vítimas perderam a vida no atentado contra a Basílica de Notre Dame, em Nice, na França. A brasileira ainda conseguiu fugir e tentou abrigo no restaurante l’Unik, que fica em frente à Basílica. No entanto, os danos eram graves e a mulher morreu no local.

Brahim Jelloule, um dos donos do restaurante, conta que viu quando Simone entrou no restaurante buscando ajuda. Ele descreve que a brasileira estava completamente ensanguentada. O irmão de Jelloule diz ainda que tentou entrar na Igreja com um funcionário.

No entanto, ao entrar no local eles se depararam com o terrorista, que os ameaçou com uma faca. Os dois deixaram o local as pressas, correndo. Além de Simone, outras duas pessoas foram mortas na Igreja.

A morte de Simone só foi confirmada aos familiares e amigos horas depois do atentado. Pessoas próximas da vítima contam que estranharam a falta de resposta, já que Simone não tinha o hábito de demorar a responder, mas não imaginavam o que teria acontecido.

De acordo com relato de amigos, Simone sonhava em viajar pelo mundo com um food truck, pois ela era formada na área da culinária.