A tensão no Oriente Médio continua a aumentar conforme os conflitos seguem entre Israel e Hamas. O estado Israelense, nos últimos dias, também se envolveu em confrontos cm Síria e Líbano.
Em comunicado à agência Reuters, um representante do Irã na ONU fez um alerta à Israel. O tom do alerta demostra, mais uma vez, a escalada da tensão na região.
“As Forças Armadas do Irã não se envolverão, desde que o ‘apartheid israelense’ não se atreva a atacar o Irã, os seus interesses e os nacionais. A frente de resistência pode se defender”, disse.
A frente de resistência, segundo analistas, diz respeito a grupos armados que operam em países da região, como Iêmen, Iraque, Síria, incluindo o próprio Hamas, que atua no território palestino.
O Irã acredita que Israel age de forma criminosa contra o povo palestino, por isso o uso da expressão “apartheid israelense”. A expressão diz respeito as condições impostas aos palestinos que vivem em Gaza, território cercado por Israel.
O apartheid foi um regime de discriminação racial que durou de 1948 à 1994, na África do Sul, em que negros sul-africanos eram subjugados e dominados por brancos de origem colonial britânica.
A declaração do representante iraniano vem em meio a uma escalada na tensão em toda a região. Para muitos líderes árabes, a atuação de Israel é racialmente enviesada contra a população palestina e usa o Hamas como pretexto para justificar o bombardeio.
Israel, por sua vez, nega que tenha como objetivo civis palestinos e prega a aniquilação do Hamas; contudo mantém ações criticadas por entidades humanitárias, especialmente pelo corte de água, alimentação e luz para a Faixa de Gaza. O país também defende estar sendo alvo de um ataque racialmente enviesado, e citam o Holocausto.
Milhares de civis, de ambos os lados, já perderam suas vidas. A escalada da tensão na região, segundo especialistas, pode levar a uma guerra maior, envolvendo mais nações.