Os últimos dias foram marcados por agressões violentas e preconceituosas Brasil afora, das quais um episódio em uma padaria de São Paulo chamou a atenção. Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, agrediu verbal e fisicamente pessoas que estavam no local.
Segundo informações, Lidiane teria chegado ao estabelecimento e destratado funcionários, quando dois clientes tentaram intervir e acabaram se tornando alvo das agressões. Os dois estavam juntos e seriam homossexuais, sendo alvo de ataques homofóbicos.
O caso foi filmado e o vídeo gerou revolta. Nas imagens, Lidiane chega a segurar uma das vítimas, identificada como Boni, pelos cabelos. Ela foi presa em flagrante e vai responder por injúria racial, lesão corporal e homofobia.
Enquanto xingava as vítimas, a mulher afirmou que era “advogada internacional”. Com a chegada da PM, reafirmou a informação e também declarou ser “advogada internacional” durante o registro do Boletim de Ocorrência.
A OAB de São Paulo, no entanto, afirma que a mulher não está registrada na Ordem de Advogados do Brasil, que regula a profissão no país. Isto, no entanto, não significa necessariamente que a mulher mentiu, ressalta a nota da OAB.
Existe a possibilidade de que Lidiane seja aluna do curso superior de Direito, ou tenha se formado na faculdade, mas não tenha feito o registro. É possível ainda que a mulher seja registrada em outro país, com atuação profissional de advogada fora do Brasil.
A mulher foi presa em flagrante, mas foi liberada para cumprir a reclusão em casa por conta de “problemas psiquiátricos”, de acordo com o TJSP.