Por mais que o tempo passe e a sociedade avance, ainda somos cercados de preconceito. Muitas vezes são coisas tão sutis que nem sempre as pessoas se dão conta de que estão sendo preconceituosas e isso gera situações delicadas.
Um motorista de ônibus acabou viralizando após contar um episódio que viveu enquanto trabalhava. A situação expõe o quanto homens gays são tratados como se fossem “menos homem” do que aqueles que são hétero.
Trabalhar como motorista de ônibus é uma ocupação que geralmente concentra muitos homens e, para muitas pessoas, é inconcebível pensar que um motorista de ônibus possa ser homossexual. Foi esse o contexto da situação.
Leandro Miranda tem 43 anos e provou um pouco da fama ao compartilhar a história. Ele é homossexual e seus colegas de trabalho sabem, sem problema algum. O episódio narrado entregava o preconceito de uma passageira.
O motorista estava conduzindo o ônibus quando chegou em um ponto de checagem, quando um fiscal subiu no carro e fez uma pergunta, o chamando de “bebê”. Leandro fez questão de destacar que o apelido é carinhoso e que não foi feito de forma pejorativa.
Ainda assim, uma passageira reagiu e o dialogo seguiu:
“Ela no mesmo instante me perguntou se o fiscal havia me chamado de ‘bebê’ e eu disse que sim. Aí ela perguntou se não me importava e eu respondi dizendo que não. A passageira falou: ‘As pessoas escutando podem achar que você é gay'”
Miranda conta que respondeu confirmando que era sim gay, quando a mulher perguntou “como” ele dirigia o ônibus então. Procurado pelo Uol, ele explica que a situação é uma forma de “preconceito velado”.