A polícia civil realizou ontem (06) uma operação no Jacarezinho, Rio de Janeiro. A operação tinha como alvo o tráfico de drogas, mas espalhou terror e terminou com 25 pessoas mortas. Desse número, a polícia alega que um era policial e os outros todos suspeitos.
A operação esta sob grande atenção por ter sido considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Moradores denunciam que suspeitos teriam sido executados durante a ação. A polícia nega, mas os relatos foram feitos a defensoria pública.
O que são execuções? A polícia possui a prerrogativa de matar apenas em situações: onde a vida de um agente, ou a vida de um civil, esta em risco. Quando suspeitos são mortos em situação de rendição é considerado execução, algo condenado pela Constituição e legislação brasileiras.
Um vídeo veiculado no Jornal Nacional mostra uma moradora filmando a ação dos policiais, ela alega que os moradores estavam sendo impedidos de chegarem até um dos supostos suspeitos. A mulher afirma que o homem tinha intenção de se entregar, ainda assim teria sido executado.
Em outra imagem, um suposto suspeito aparece morto em uma cadeira de plástico com um dedo na boca. A cena é outra que levanta suspeita de execução. Já na imagem da capa, a foto mostra a casa de uma moradora coberta de sangue. O local, segundo moradores, foi usado para execução de supostos suspeitos.
A Defensoria Pública questiona a violação de algumas cenas de morte, o que poderia indicar que houve execução e que esses crimes teriam sido encobertos.
“O saldo do dia é muito impactante. Chama atenção uma coisa que eu acho que a gente precisa apurar: quantas dessas pessoas chegaram mortas ao hospital. Isso é um indicativo de que pode ter ocorrido, sim, desfazimento de cena de crime”, afirma a defensora Maria Julia Miranda.
Muitas imagens, vídeos e áudios feitos por moradores estão circulando nas redes sociais e muitos foram encaminhados a Defensoria Pública. Agora o órgão cobra investigação sobre a ação da polícia e possíveis abusos.