A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense caminha em direção ao desfecho da morte dos três meninos de Belford Roxo. De acordo com o delegado titular, Uriel Alcântara, os garotos, ao serem capturados por traficantes em virtude de um suposto furto de passarinhos, passaram por uma verdadeira sessão de tortura.
A surra foi tão forte que uma das crianças acabou não resistindo, vindo a falecer. Por conseguinte, os traficantes acharam por bem executar os outros dois meninos. O crime ocorreu em dezembro de 2020 e os corpos dos garotos jamais foram localizados.
“Eles foram torturados. Pode-se chamar de tortura. Em algum momento um deles falece, e eles acham que a solução daquele caso seria matar os outros dois e chamar alguém para levar os corpos para fora da comunidade”, afirmou o delegado responsável pela investigação.
No decorrer desta quinta-feira (09), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Castelar, com o intuito de cumprir 56 mandados de prisão. O objetivo é acelerar as investigações, as quais estão em reta final, a fim de encerrar o inquérito policial e apresentá-lo ao Ministério Público para o oferecimento da denúncia.
De acordo com o subsecretário de Planejamento Operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, o grupo responsável pelo assassinato dos garotos de Belford Roxo é o mesmo envolvido em outros crimes de grande perversidade, a exemplo da tortura e assassinato de um jornalista, bem como o homicídio de uma menina que se negou a viver um relacionamento amoroso com um dos traficantes.