Kayky Brito foi vítima de um acidente na madrugada de sábado ( 2), no Rio de Janeiro, resultando em um traumatismo craniano e múltiplos traumas corporais.
O ator encontra-se hospitalizado no Hospital Copa D’or, apresentando um quadro de saúde crítico, porém com estabilidade. No dia de segunda-feira, 4 de setembro, o ator Kayky Brito submeteu-se a um procedimento cirúrgico para corrigir as fraturas em sua pelve e membro superior direito.
A equipe médica responsável pelo caso informou, por meio de um comunicado oficial, que a operação foi realizada com sucesso. Apesar disso, a situação de saúde do irmão de Sthefany Brito continua sendo delicada.
Kayky permanece sedado, com suporte de ventilação mecânica, e está sob os cuidados da equipe médica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entenda os traumas sofridos por Kayky Brito:
O traumatismo cranioencefálico, frequentemente chamado de trauma craniano, resulta de impactos na cabeça e, na maioria das situações, não apresenta gravidade significativa. Por outro lado, o politraumatismo é caracterizado por diversas lesões corporais, frequentemente associadas a colisões ou queimaduras.
Qual o tratamento para politraumatismo e traumatismo craniano?
“O tratamento para politraumatismo envolve uma abordagem multidisciplinar e depende da gravidade e extensão das lesões”, ressaltou o ortopedista Daniel Oliveira, especializado em coluna vertebral e diretor do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia (NOT) de Belo Horizonte.
Em geral, o tratamento é conduzido em um ambiente hospitalar com o objetivo de avaliar a gravidade do trauma e implementar as melhores abordagens para a recuperação do paciente. Essas medidas podem abranger:
- Estabilizar as funções vitais do paciente, quando necessário;
- Realizar exames de diagnóstico por imagem, como tomografia computadorizada (TC) e radiografias, para identificar lesões internas, como fraturas e hemorragias;
- Considerar intervenções cirúrgicas conforme as lesões diagnosticadas;
- Administrar medicamentos para controle da dor, incluindo analgésicos e sedativos, com o objetivo de garantir o bem-estar do paciente durante o tratamento;
- Manter um monitoramento constante do estado do paciente;
- Implementar programas de reabilitação e oferecer apoio psicológico quando necessário.
No que se refere ao traumatismo craniano, a abordagem terapêutica igualmente leva em consideração as lesões identificadas, bem como o tipo e a severidade do trauma. Em outras palavras:
- Em situações de traumatismo craniano leve, o paciente pode ser observado por algumas horas e, se estiver estável, receber alta para tratamento domiciliar.
- No caso de um quadro moderado, que envolve maiores riscos de complicações, a hospitalização se faz necessária, permitindo que a equipe médica monitore de perto e, em alguns casos, realize intervenções cirúrgicas.
- Quando o traumatismo é grave, caracterizado por extensas lesões cerebrais, sangramento e edema cerebral, o paciente requer internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cirurgias podem ser consideradas para reduzir a pressão intracraniana e conter o sangramento. Em algumas situações, a indução ao coma pode ser empregada como estratégia para reduzir a atividade cerebral e promover uma recuperação mais rápida.
“As primeiras 72 horas após um traumatismo craniano são consideradas essenciais para a avaliação e o tratamento adequado do paciente”, afirmou o neurocirurgião Felipe Mendes.
É crucial ressaltar que durante esse período é essencial realizar uma avaliação neurológica completa para determinar a extensão das lesões cerebrais e a função cerebral. Isso inclui a análise de reflexos, a reação aos estímulos, o nível de consciência e outras funções neurológicas.
Em ambos os cenários, a recuperação está intrinsecamente relacionada à gravidade das lesões e passa por diferentes fases. Nas primeiras semanas de tratamento, na fase mais aguda, o foco está em estabilizar o paciente, prevenir complicações e monitorar o funcionamento dos órgãos.
Posteriormente, na fase de reabilitação, entram em cena modalidades terapêuticas como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e acompanhamento neurológico, entre outras necessidades específicas. Importante destacar que a duração e a intensidade de cada etapa variam de acordo com a extensão das lesões e a resposta individual do paciente ao tratamento.