Um caso de 2017 finalmente teve um desfecho para a família da vítima. Em outubro daquele ano, Laís Andrade Fonseca, 30, foi colocada dentro de uma viatura da PM ao lado do então namorado, que havia acabado de denunciar.
Laís chamou a polícia depois de descobrir câmeras de vigilância dentro do banheiro da própria casa. O namorado, de 34 anos, confessou que havia instalado as câmeras. Os dois precisavam comparecer a delegacia e os policiais permitiram que o homem fosse transportado ao lado da mulher.
No meio do caminho, o homem conseguiu esfaquear a mulher com vários golpes. Depois do fato, a família de Laís entrou na Justiça com uma representação contra o estado de Minas Gerais, cobrando responsabilização da polícia militar.
A Justiça condenou o estado a pagar R$110 mil para a família da vítima, por entender que era responsabilidade dos agentes policiais garantir a segurança de Laís Andrade. O estado ainda pode recorrer da decisão.
Na análise do desembargador do caso, a própria denuncia prestada por Laís já deveria ter servido de indicativo para os agentes, que atenderam o chamado, de que a relação dos dois era problemática. A família questionou o porquê do homem não ter sido revistado.
Pelo homicídio, o homem foi condenado a 24 anos de prisão. Valdeir Ribeiro de Jesus golpeou a ex-namorada e ainda desferiu golpes com a faca contra o próprio corpo, inclusive atingindo o próprio pescoço. A faca estava escondida no tênis.