Um caso que aconteceu no Distrito Federal tem recebido grande atenção da imprensa nos últimos dias. Um idoso, de 84 anos, acabou interditado pela Justiça após um pedido conjunto de seus três filhos.
A interdição é um mecanismo jurídico legal que prevê a proteção de patrimônio e integridade à pessoas que, temporária ou permanentemente, se encontram incapacitados de tomar suas próprias decisões de forma plenamente consciente e informada.
Foi exatamente essa a alegação dos filhos, que entraram com a ação, após tomarem conhecimento das transações bancárias do idoso. Namorando uma mulher de 34 anos, ele fez transferências exorbitantes.
De acordo com informações reveladas pelo UOL, o homem chegou a transferir um montante de R$190 mil através de diversos pix enviados entre os meses de março e julho deste ano, todo o dinheiro para a então namorada.
Os filhos descobriram que as transferências estavam afetando a vida financeira do idoso, ao ponto dele ter feito três empréstimos. O documento, enviado pelos filhos afirma que as ações “indica um comprometimento patrimonial significativo que pode levar ao esvaziamento patrimonial”.
O idoso é servidor aposentado da Câmara dos Deputados e, segundo laudo apresentado pelos filhos, sofre de “transtorno de personalidade paranoide, transtorno neurocognitivo maior ou demência não especificada”.
A Justiça concedeu curatela a um dos filhos, mas impôs condições e impedimentos. Interditado, o idoso perde a autonomia de fazer transações financeiras e, nesse caso, a Justiça avaliou que esta era a melhor forma de preservar seu patrimônio.