A jogadora de vôlei de areia Carol Solberg gerou polêmica na manhã de domingo (20), ao aproveitar uma entrevista para gritar “fora, Bolsonaro” em rede nacional. Carol havia ganho a partida que definia o terceiro lugar do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia na ocasião.
O grito, que foi ao ar pelo SporTV, repercutiu bastante e acabou levando a Confederação Brasileira de Vôlei a lançar uma nota de repúdio à declaração da atleta. De acordo com a entidade, Carol “denegriu a imagem do esporte“.
A nota, no entanto, acabou sendo alvo de criticas por dois motivos principais: primeiro por usar a expressão “denegrir”, que possui origem e significado racistas; segundo por ter sido compreendida como uma forma de censura.
Para entender a situação, é preciso se lembrar que, em 2018, a CBV também se posicionou, mas em favor da dupla Maurício Souza e Wallace depois de uma manifestação política. Os jogadores, na ocasião, fizeram o número 17 (em referência ao então candidato Jair Bolsonaro) com as mãos depois de vitória no mundial.
Na ocasião, a CBV defendeu o direito de liberdade de expressão dos atletas e afirmou não compactuar com protestos políticas desse tipo. No entanto, a manifestação de Carol Solberg não gerou a mesma reação.
Carol Solberg manda o recado: #ForaBolsonaro pic.twitter.com/Uu9QtJmkyG
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) September 20, 2020
Para o Olhar Olímpico, Carol reafirmou seu posicionamento e traçou novas críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro. “Tá engasgado esse grito. E me sinto, como atleta, na obrigação de me posicionar“, declarou.