Jogador pode ser banido do esporte de uma vez por todas por sugerir ‘dar um tiro na cara’ do presidente Lula

O jogador de vôlei Wallace, campeão olímpico com a Seleção Brasileira e atleta da equipe do Cruzeiro, causou uma grande polêmica na última segunda-feira, dia 30 de janeiro, quando sugeriu “dar um tiro na cara” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores).

A declaração foi feita em uma postagem nas redes sociais e rendeu sérias consequências para Wallace. Além das críticas que recebeu, o atleta pode ser banido do vôlei em definitivo.

Nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, a AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou representações contra Wallace para o Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

No documento enviado ao COB, a entidade afirma que o atleta violou as disposições legais contidas no artigo 243-D do CBJD (Código Brasileira de Justiça Desportiva), que dispõe sobre incitação pública ao ódio ou à violência.

Quanto ao Código de Conduta Ética do COB, as violações teriam sido em face dos artigos 8º e 34, que falam sobre o uso indevido de expressões discriminatórias e fomento de práticas violentas por intermédio das redes sociais.

Por fim, a representação protocolada pela AGU pede que o Conselho de Ética do COB aplique ao jogador as sansões cabíveis. Em última instância, Wallace pode ser banido em definitivo do esporte olímpico, além de ser compelido ao pagamento de multa que pode chegar ao valor de R$ 100 mil.

Quanto à CBV, a acusação da AGU é de que Wallace tenha violado o artigo 43 do Código de Ética e Disciplina específico para a entidade, que diz respeito à obrigação do atleta de vôlei em reprimir qualquer manifestação violenta de viés político, dentro ou fora do esporte, bem como desrespeito ao artigo 243-D do CBJD, já especificado nesta reportagem.