A polícia civil investiga um homem de 48 anos acusado de estuprar e engravidar a própria filha, uma adolescente de 15 anos. O crime foi descoberto depois que o Conselho Tutelar foi acionado através de uma denúncia anônima.
O crime foi denunciado de forma anônima, que relatou uma situação de cárcere privado. A menina era mantida presa em casa e impedida de ir para a escola, tudo isso num esforço do criminoso em esconder o próprio crime.
Em fevereiro deste ano, o homem chegou a procurar a escola em que a menina estava matriculada, pedindo pelo processo de transferência alegando que a família estava de mudança. No entanto, permaneceram morando no mesmo endereço.
“Recebemos uma ligação anônima afirmando que ela estaria sendo mantida praticamente em cárcere e sem estudar. Como o responsável é obrigado a matricular e manter o filho estudando, fomos até a residência da adolescente”, explicou a conselheira tutelar Viviane Tanja.
Numa primeira visita, segundo a profissional, o homem não permitiu que a menina se apresentasse na porta da residência. Depois disso, o órgão recebeu uma nova denúncia e voltou ao endereço, dessa vez com a polícia militar.
Na presença da polícia, depois de tentar negar, o homem acabou confirmando que a menina estava grávida. Para a polícia, no entanto, o homem afirmou que o pai da criança seria um primo da menor. Nesse ponto, a gestação já estava no oitavo mês.
Com conhecimento da gravidez, o Conselho Tutelar determinou que a menor voltasse a frequentar a escola e passasse por exames neonatais. Na escola, amparada pelo seu grupo de apoio, a menina contou sobre os abusos e pediu para ser levada à delegacia, para denunciar o pai.
O homem fugiu e é considerado foragido, além disso a polícia também investiga se outros familiares sabiam do crime e ajudaram a encobertá-lo. A adolescente decidiu ter o bebê, embora não tenha ficado claro se ela tem intenção de criá-lo ou entregar para adoção. Moradores da cidade se organizaram para oferecer doações.