Grávida que tirou a vida do companheiro alega legítima defesa: ‘ia esperar ele me matar?’

Josicleia, que não teve o sobrenome exposto, falou pela primeira vez após ser liberada em audiência de custódia. Ela foi presa depois de matar o companheiro, com golpe de faca. Na delegacia, ela alegou legítima defesa.

O caso aconteceu no último domingo (15) e chamou a atenção da imprensa. A mulher alega que o parceiro, Lucas Santos de Souza, estava transtornado, fazendo ameaças e começado a agredi-la.

Grávida de cinco meses, ela conseguiu acertar o homem com uma facada. A própria Josicleia foi quem pediu socorro e acabou presa no hospital, após a confirmação da morte do companheiro. Ela passou por audiência de custódia e vai responder o inquérito em liberdade.

Josicleia falou a TV Bahia e reforçou que agiu em legítima defesa. Ela afirma que estava em uma comemoração com Lucas, mas que o comportamento do rapaz começou a mudar na volta para casa.

Ia fazer o que, eu ia esperar ele me matar? Poderia ser o contrário, poderia estar agora a minha família chorando por mim, porque do jeito que ele estava transtornado ele ia me matar e matar meu filho. Foi uma defesa, mas não para tirar a vida dele, jamais, Deus sabe.

Na entrevista, a mulher conta que o relacionamento com Lucas era um durante a semana, mas outro durante o fim de semana, quando ele abusava de bebida alcoolica e também fazia uso de entorpecentes.

No sábado, antes da briga que resultou na morte dele, Josicleia chegou a se dirigir a emergência depois de, segundo ela, ter sido mal tratada pelo parceiro. Ela conta que Lucas estava alterado.

No domingo, quando os fatos aconteceram, o casal estava na casa da mãe de Lucas, antes do rapaz seguir para uma festa com os amigos, onde Josicleia o encontrou mais tarde. Na volta para casa é que Lucas teria começado a se comportar de forma agressiva.

O rapaz teria decidido ficar em um Paredão, uma festa de rua, e Josicleia disse que não queria. Os dois tiveram o primeiro atrito. Ao voltar para casa, segundo ela, as coisas pioraram.

 

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Josicleia afirma que Lucas perdeu a cabeça depois que ela o acusou de estar em abstinência, porque ele se comportava de forma agressiva. Nesse momento, segundo ela, começaram as agressões.

“Cheguei a comentar da seguinte forma: ‘Você já começou sua crise de abstinência’. E foi nessa hora que ele começou a me agredir, me encurralou, me agrediu. Estou com vários hematomas no corpo“, conta.

A defesa de Josicleia questiona o avanço do inquérito e alega que o caso é de legítima defesa e que, assim sendo, não existe crime.