Esse artigo reúne as histórias sobre religiosos homossexuais que passaram boa parte de suas vidas se culpando por suas sexualidades e tomando até mesmo técnicas extremamente agressivas para tirar um suposto ‘demônio’ que habita em seus corpos.
Rafael, nome fictício, de 20 anos, conta as técnicas que utilizou para tentar se livrar do que acreditava ser um espírito maligno.
Deitado em sua cama, ele apertava as palmas de sua mão até quase macucar e não parava de rezar. Em certo momento, caminhou até o banheiro e agrediu o próprio órgão sexual com cubos de gelo. Deitado no chão, ele jogava uma ducha fria em seu corpo até o amanhecer.
“Senhor, me cura de toda tendência homossexual”, pedia Rafael.
Todo o processo ele chamava de uma espécie de ‘exorcismo da sexualidade’. Para ele, ser gay era sinônimo de ser doente.
Após muito tempo vivendo assim, Rafael conta que se cansou e pediu para Deus a morte.
Não existem estatísticas oficiais sobre padres gays no Brasil. Isso porque poucos se assumem. Contudo, pessoas do meio religiosos estimam que existam ao menos 30% de homens gays dentro do clero.
Padres homossexuais também comentaram que mesmo praticando o celibatário, ainda podem ser expulsos de suas congregações, caso alguém descubra suas verdadeiras sexualidades.
O papa Francisco chegou a comentar sua opinião sobre os padres homossexuais, dizendo que não saberia julgar. A frase acendeu esperanças para melhoras neste assunto.