Um caso está gerando bastante repercussão nas redes sociais. No ano de 2009, o Jornal O Dia contratou um fotógrafo, um repórter e um motorista para se mudarem, sem revelar suas identidades, para a Favela do Batan, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O objetivo era realizar matérias sobre a milícia que existe no local.
O que chama atenção é que o local é conhecido por ser reduto eleitoral da família de Jairo Souza, o Dr. Jairinho, acusado de matar uma criança de apenas 4 anos de idade, Henry Borel.
O pai de Jairinho, Coronel Jairo, é envolvido com política, sendo ex-deputado do RJ, ex-policial militar e ex-preso pela operação Lava Jato.
Naquela época, pai e filho foram apontados como envolvidos com os criminosos da região de Batan.
Os profissionais contratados pelo o jornal foram capturados e torturados por criminosos. Estes criminosos teriam um envolvimento com Jairinho e Coronel Jairo, de acordo com o fotógrafo.
O trio chegou a ser submetido a sete horas de torturas, com diversas agressões físicas, como pontapés, socos e choques elétricos.
O fotógrafo Nilton Claudino sofreu com as torturas. Em seu desabafo, ele chegou a dizer que reconheceu a voz de um vereador, filho de um deputado estadual, que realizou diversas agressões.
As autoridades do RJ chegaram a investigar o pai de Jairinho, pois o seu assessor teria abordado o trio, dias antes da tortura acontecer. Porém, nenhuma punição aconteceu.
O fotógrafo disse que jamais conseguiu se recuperar das torturas que sofreu naquele dia, causando diversos danos em seu psicológico. Ele precisou se mudar, deixando os seus familiares e amigos, pois não aguentava mais causar dor neles.
Sua indignação é de nada ter acontecido com os políticos envolvidos.