A polícia civil encerrou o inquérito contra Obadias Ferreira da Silva, ex-vereador de Ji-Paraná, em Rondônia. Ele foi investigado como principal suspeito da morte de Edilene Vieira da Silva, com quem manteve um relacionamento extraconjulgal.
Edilene foi considerada desaparecida em abril deste ano, quando a polícia começou a investigar o caso. Depois de alguns dias, a ossada da mulher foi encontrada em uma cova cavada na frente da casa de campo de Obadias com a família.
Em entrevista a Rede Amazônica, o delegado Júlio César de Souza Ferreira explicou os quatro qualificadores de crime de homicídio nos quais Obadias foi enquadrado.
“Primeiro, pela ordem, por femínicidio. Também porque a morte foi por asfixia; ele mesmo confessa que foi por estrangulamento. Foi pra ocultar crime anterior, no caso estelionato. E foi mediante dissimulação que dificultou a defesa da vítima“, explicou.
O delegado explicou que Obadias vinha praticando estelionato contra a mulher. Os dois mantiveram um relacionamento extraconjugal e, para a polícia, Obadias executou a ex-amante para que não fosse denunciado por estelionato.
Além do crime de homicídio qualificado, Obadias também vai responder por lavagem de capitais e pelo crime de ocultação de cadáver. O crime, segundo a polícia, foi premeditado. Obadias havia mandado cavar a cova, onde mais tarde enterraria Edilene, com três dias de antecedência.
Obadias está preso desde julho quando acabou confessando o crime, após entrar em contradição em depoimento dado a polícia. O caso agora será submetido à Justiça.