Perpetual Uke estava grávida e trabalhando no Hospital Municipal de Birmingham, na Inglaterra, quando contraiu a Covid-19. Seu quadro evoluiu rapidamente e os médicos decidiram colocá-la em coma induzido, para aumentar suas chances de sobreviver.
Uke foi levada para a UTI e tudo aconteceu no fim do mês de março. Seu quadro era delicado porque a mulher estava grávida de gêmeos, o que tornava sua recuperação ainda mais delicada. Em casa, o marido cuidava dos outros filhos do casal.
No hospital, Uke lutava pela vida quando deu à luz sem saber. Os médicos fizeram uma avaliação do quadro e concordaram que as crianças precisavam ser trazidas ao mundo para que todos tivessem uma chance de sobreviver, mas a cesárea era de risco.
Os bebês tinham pouco menos de 6 meses de gestação quando nasceram. Uke ficou cerca de 16 dias em coma, porque nesse estado o esforço corporal é menor no sistema respiratório e cardíaco, desacelerando as consequências da infecção.
Felizmente, ambos os bebês nasceram saudáveis e depois de dias angustiantes, a mamãe finalmente acordou. Em um primeiro momento, ela conta que se assustou ao perceber que não estava mais grávida e teve medo de ter perdido os bebês.
Depois, a equipe médica teve a chance de explicar o que realmente havia acontecido e Uke finalmente pode conhecer seus filhos. Os bebês precisaram ficar quase 4 meses internados até terem alta e serem levados para casa, para conhecerem os demais membros da família.