A mãe de uma das jovens de Paranoá, DF, que tirou a vida após participar de um grupo criminoso, fez um comovente desabafo sobre a ação dos criminosos. O grupo foi desmantelado pela Polícia Civil, resultando em três prisões e um suspeito foragido.
A jovem sofria depressão, segundo a mãe, mas vinha apresentando melhora. Ela, que agora tem posse do telefone da filha, conta que a jovem tentou deixar o grupo em algumas tentativas, mas não conseguia: “(…) eles diziam que tinham o melhor caminho, diziam que para acabar com o sofrimento a saída era essa. Eles chamavam de volta“.
De acordo com a mãe, a jovem vinha demonstrando melhora do quadro de depressão e havia tentado sair do grupo. Ela conta que a filha, até o trágico momento da morte, não havia mencionado o grupo em nenhum momento.
A mãe pede Justiça e afirma que os membros do grupo foram o “incentivo” para que a filha cometesse suicídio, “ela tinha depressão. Mas ela teve um incentivo. E eles foram esse incentivo“. A mãe afirma que, depois da morte da filha, os participantes do grupo tentaram contato.
“Eles ficam falando: Cadê a menina? Cadê a menina?”, desabafou a mãe. Para ela, o comportamento do grupo é uma tentativa de debochar das vítimas, mas também de suas famílias. A jovem não teve sua identidade ou imagem revelada.
Para a polícia, a ação do grupo é criminosa. Os administradores se aproveitavam de pessoas vulneráveis para incentivar ao suicídio, dando “dicas” de como cometer o ato, como evitar dor e quais métodos usar.
A jovem em questão se arrependeu ao sentir os sintomas de envenenamento e pediu socorro aos pais. Ao ser levada para o hospital, a família foi informada de que ela precisava de azul de metileno, mas a substância estava em falta.
A jovem não resistiu a substância ingerida, mas deixou o telefone e o computador com a família, que entregou o material à polícia. Segundo as regras do grupo, a jovem devia excluir tudo de seus aparelhos.