Foram divulgados trechos de e-mails, que seguem em poder da Justiça, cujo conteúdo aponta que o Flamengo já havia sido notificado sobre a precariedade da instalação elétrica no alojamento do Ninho do Urubu.
Em um dos e-mails, por exemplo, se lê o alerta de “grande risco” no alojamento. Os e-mails foram trocados nove meses antes da tragédia que matou 10 jovens atletas vinculados ao clube. Um incêndio de origem elétrica atingiu o alojamento do clube.
Os documentos, que foram publicados originalmente pelo Uol, mostram que o clube havia sido alertado sobre necessidade de que se fizessem um “atendimento emergencial” de pontos considerados críticos na instalação elétrica do alojamento.
Três dias depois do relatório emitido, o Flamengo fechou contrato de prestação de serviços com a empresa CBI para a realização dos reparos. Foram feitos dois pagamentos, que totalizaram o valor de R$8,500, mas o serviço não chegou a ser realizado.
Essa informação foi confirmada por outra empresa, a Anexa Energia Serviços de Eletricidade, contratada já após a tragédia. A vistoria realizada pela empresa apontam que não foram feitas as melhorias no sistema elétrico apontadas no relatório.
O ex-presidente do clube afirmou que não tinha conhecimento dos detalhes na condição de presidente. Eduardo Bandeira de Mello afirma que o assunto era tratado dentro de uma pasta própria e repassado a tesouraria do clube. Ele também aponta a necessidade de que seja apurada a contratação do serviço que não foi prestado.