A polícia militar efetuou a prisão de uma mulher, dona de um bar, em Alto Paraíso de Goiás. A polícia foi acionada porque a mulher teria agredido uma outra mulher, usando uma garrafa. A vítima precisou de 18 pontos no rosto.
No entanto, a apuração dos fatos revelou uma verdade ainda mais assustadora. Segundo as investigações, a dona do bar atuava como uma espécie de “cafetina” e a vítima da agressão seria uma de suas garotas de programa.
Ao todo, a polícia identificou 10 mulheres que alegam trabalhar para a agressora. Segundo depoimentos, a “cafetina” fazia ameaças e agredia as “garotas de programa” com frequência. Nos fundos do bar, ela mantinha quartos onde eram realizados os programas.
A mulher cobrava R$100 dos clientes e recebia o dinheiro, que depois era dividido ao meio com cada garota de programa. Isto é, as mulheres recebiam R$50 e a dona do bar recebia os outros R$50.
Segundo as apurações da polícia, a briga teria começado porque a vítima se recusou a receber a metade do valor e exigia o valor integral dos programas. A dona do bar, que não teve a identidade revelada, se recusou a entregar o dinheiro e passou a agredi-la.
Para a polícia ela afirmou que agiu em legítima defesa, mas a delegada Bárbara Buttini questiona a versão e afirma que “não é compatível com os fatos porque ela [suspeita] não tem lesões. Além disso, a vítima também apresentava ferimentos de defesa, que são as lesões no antebraço, que as pessoas usam para se defender”.
A mulher pode responder por três crimes: lesão gravíssima, deformidade permanente (visto que a lesão no rosto da vítima foi grave) e rufianismo qualificado pela violência, quando uma pessoa tira proveito da prostituição de terceiros.