O caso Beto Freitas, João Alberto Silveira Freitas, segue repercutindo e gerando revolta pelo país. O homem foi morto após agressões no estacionamento de uma loja do Carrefour, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
A delegada que cuida do caso, Roberta Bertoldo, falou à Folha sobre o andamento das investigações. Dois homens foram presos em flagrante por crime de homicídio qualificado, agora a polícia investiga para determinar o motivo das agressões.
Para a família, não há dúvidas de que houve motivação racista para a agressão. A delegada, no entanto, discorda. Bertoldo explicou que as investigações apontam para a asfixia, causada pela pressão imposta contra o corpo da vítima.
Vídeos mostram que os dois seguranças do supermercado chegaram a soltar o peso do corpo contra as costas de Beto Freitas, já imobilizado no chão. A delegada explica que, neste caso, a asfixia não necessariamente configura estrangulamento.
Apesar de declarar que o caso não se enquadra como racismo, de acordo com a Folha, a delegada não explicou o porquê. Para a família de Beto Freitas, a violência imposta pelos seguranças só é justificada como motivada por racismo.
A família questiona a forma como Beto foi abordado. De acordo com informações apuradas pela polícia, Beto foi arrastado pelos seguranças para fora da loja e agredido até a morte. A confusão teria começado entre Beto e uma operadora de caixa, que teria sido ameaçada e chamou a segurança.