Sônia Abrão é uma das figuras que acabou se tornando central em um dos casos mais lamentáveis do país. Em um período em que feminicídio ainda não era uma tipificação criminal, Eloá Pimentel foi morta pelo ex-namorado.
O crime foi acompanhado por dias, em todas as emissoras de TV, e Sonia teve um papel fundamental. Durante o sequestro, em que Eloá e sua melhor amiga foram mantidas em cativeiro por dias, Sonia conversou com o sequestrador.
Lindemberg Alves, que na época não aceitava o fim do namoro, conversou ao vivo com a apresentadora. Anos se passaram e a intervenção foi criticada em muitas esferas.
Ainda assim, em entrevista à Quem, Sonia Abrão declarou recentemente que “faria tudo de novo”. Sonia classificou o momento como o “mais dramático” de sua carreira, destacando que foi a última pessoa a falar com a adolescente, que na época tinha 15 anos.
“Fiquei muito tensa e emocionada”, afirmou. A declaração, no entanto, não agradou a todos. Uma das pessoas que se manifestou e reprovou a manifestação da apresentadora foi Cíntia Pimentel, cunhada de Eloá.
“Ainda não sei se isso chegou até a minha sogra, mas a declaração dela causa muita dor. Dizer que faria tudo de novo é cruel. Chego à conclusão de que, para alguns, a audiência midiática vale muito mais do que a vida de outra pessoa”, declarou Cíntia.
O caso será revisitado no programa Linha Direta, que retorna em breve à tela da Globo. Eloá foi morta há 15 anos, quando tinha 15 anos de idade, com tiros. A adolescente foi feita refém por dias diante de todo o país.